15/11/2009

Antes de Descobrir a Garganta

Um espectáculo de Nuno Leão e Ricardo Marques

Em ensaios.

Estreia a 8 de Janeiro

22/01/2009

2º Acontecimento


A Cartuxo tem o prazer de apresentar em conjunto com Xangai Market: Cabletoys.

O convite foi feito, e o desafio aceite pelo João Alberto no papel de Cabletoys, também ele o mentor do blog Xangai Market. Até nós irá chegar um Acontecimento improvável por estas bandas, e noutras. Esta é uma engrenagem que encaixa na perfeição nas nossas convicções. A Cartuxo apoia com entusiasmo este tipo de manifestação sónica e regozija-se de poder ter já no 2ºAcontecimento uma experiência como esta.
Apareçam dia 31 de Janeiro e aceitem a paisagem sonora que Cabletoys tem para nos oferecer.

Até lá!
Cumprimentos só.ni.cos


"Com a permanente e desenfreada democratização das tecnologias de informação no nosso dia-a-dia, o estar e o lugar deixam de ter o peso e importância como elementos isolados. Estar aqui e agora não significa pensar ou actuar aqui…o ali e o depois deu lugar a uma nova rede de interacções globais, em que o mundo inteiro se encontra ligado à distância de um simples clique.

E assim nasceu o projecto Cabletoys! Um novo alter-ego “cósmico-minimalista” de João Alberto, que surge como uma necessidade pessoal de tentar esclarecer-se a ele próprio, e a quem o queira ouvir, do processo criativo e interpretativo do acto de fazer música…e de como chegar à mesma.

Pondo aqui de parte todos os radicalismos que advêm da cultura consumista, Cabletoys recorre a diversos gadgets musicais, aliados a certos engenhos tecnológicos de carácter manipulativo…ou então só para decoração!

Já muito se falou e foi escrito acerca deste tipo de abordagem musical, no entanto Cabletoys surge na cena nacional como um projecto inovador dada a matéria-prima em questão.

Bizarrias de brincar em comunhão com a seriedade e robustez de sequências definidas…Buddha Machines em loops estonteantes e hipnóticos com vozes perdidas no espaço. Mesas futuristas e pulsáveis das Zoundz, aleatoriamente construindo ritmos e cadências, misturam-se com os devaneios furiosos perdidos naquele espaço.

Promete-se uma experiência sinfónica multi-sensorial num retrocesso do digital para o analógico ou mesmo essa mistura. Procura-se dar um novo passo em frente para uma nova estrutura musical.

Acima de tudo a música, o processo criativo, como se apresenta, os meios de propagação e no final a fruição."

by Xangai Market

10/01/2009

As Coisas em jeito de Princípios só.ni.cos

Sobre o que que foi feito no 1 Acontecimento (1A) tenho muito a dizer mas, tudo o que possa dizer pode soar de uma forma: inflexível, flexível, presunçosa, óbvia, abstracta, medíocre, irreflectida, clara. Seja!
Quero estabelecer a premissa (mais clara para quem esteve presente no 1 Acontecimento) que faz com que nasça este projecto solitário tão repentina e furiosamente. É ela, a arte e os espaços em volta.
No primeiro acontecimento pôs-se um disco e ouviu-se uma música.(!) A música foi a primeira coisa que quisemos dar à apreciação do público que acorreu ao 1A. Esta necessidade surgiu, em primeiro lugar, pela vontade de comunicar através de diferentes plataformas artísticas. Em segundo para discutir perspectivas acerca do estado das coisas, das pessoas, e talvez perceber um pouco o que leva quem a ver o quê. As coisas que se fazem são feitas para as pessoas. Será que as pessoas se preocupam em compreender o porquê da existência de tais coisas? Bem, o que define o 1A parte de uma ideia de discoteca (club e local para se ouvir e/ou comprar discos) /cinema, cinema pela disposição de público, ter lugar numa sala de espectáculos, etc. Quis-se atribuir um lugar à música, um lugar ao qual ela já não está muito habituada. Onde não existem nem pessoas nem luzes às cores. Onde o que conta são apenas as qualidades dos meios com que é reproduzida. É uma vontade da pureza cristalina que entorpece só por existir. Não há a necessidade aplaudir mas antes a de compreender. Podemos alargar este raio às outras coisas que sufocam por querer abraçar os movimentos que estão (por agora, e ainda bem) condenados ao estatuto de subversivos e por isso marginais. Mas são estes movimentos que tentam resgatar para a arte a sua identidade. A necessidade de continuar uma procura constante para o desenvolvimento das coisas artísticas.
Essa procura leva-nos a querer compreender o que antecedeu o que anda hoje a existir. Mas nós não estamos feitos com a Verdade nem coisa que se pareça. Só queremos mostrar um pouco do que se passa por essas estradas fora e tentar compreender um pouco melhor o que se pode fazer para que a universalidade da linguagem artística alargue o seu léxico.
A Cartuxo quer experiências, mais ou menos inconsequentes, o propósito é que ,com matéria instável, se conjuguem as intervenções. Quer dar espaço à discussão e promover a arte que se questiona, e porque não, que se anula.

Estamos à experiência e em risco de fechar, mas nada pode deter aquilo que procuramos!

Cumprimentos só.ni.cos