Sobre o que que foi feito no 1 Acontecimento (1A) tenho muito a dizer mas, tudo o que possa dizer pode soar de uma forma: inflexível, flexível, presunçosa, óbvia, abstracta, medíocre, irreflectida, clara. Seja!
Quero estabelecer a premissa (mais clara para quem esteve presente no 1 Acontecimento) que faz com que nasça este projecto solitário tão repentina e furiosamente. É ela, a arte e os espaços em volta.
No primeiro acontecimento pôs-se um disco e ouviu-se uma música.(!) A música foi a primeira coisa que quisemos dar à apreciação do público que acorreu ao 1A. Esta necessidade surgiu, em primeiro lugar, pela vontade de comunicar através de diferentes plataformas artísticas. Em segundo para discutir perspectivas acerca do estado das coisas, das pessoas, e talvez perceber um pouco o que leva quem a ver o quê. As coisas que se fazem são feitas para as pessoas. Será que as pessoas se preocupam em compreender o porquê da existência de tais coisas? Bem, o que define o 1A parte de uma ideia de discoteca (club e local para se ouvir e/ou comprar discos) /cinema, cinema pela disposição de público, ter lugar numa sala de espectáculos, etc. Quis-se atribuir um lugar à música, um lugar ao qual ela já não está muito habituada. Onde não existem nem pessoas nem luzes às cores. Onde o que conta são apenas as qualidades dos meios com que é reproduzida. É uma vontade da pureza cristalina que entorpece só por existir. Não há a necessidade aplaudir mas antes a de compreender. Podemos alargar este raio às outras coisas que sufocam por querer abraçar os movimentos que estão (por agora, e ainda bem) condenados ao estatuto de subversivos e por isso marginais. Mas são estes movimentos que tentam resgatar para a arte a sua identidade. A necessidade de continuar uma procura constante para o desenvolvimento das coisas artísticas.
Essa procura leva-nos a querer compreender o que antecedeu o que anda hoje a existir. Mas nós não estamos feitos com a Verdade nem coisa que se pareça. Só queremos mostrar um pouco do que se passa por essas estradas fora e tentar compreender um pouco melhor o que se pode fazer para que a universalidade da linguagem artística alargue o seu léxico.
A Cartuxo quer experiências, mais ou menos inconsequentes, o propósito é que ,com matéria instável, se conjuguem as intervenções. Quer dar espaço à discussão e promover a arte que se questiona, e porque não, que se anula.
Estamos à experiência e em risco de fechar, mas nada pode deter aquilo que procuramos!
Cumprimentos só.ni.cos
Quero estabelecer a premissa (mais clara para quem esteve presente no 1 Acontecimento) que faz com que nasça este projecto solitário tão repentina e furiosamente. É ela, a arte e os espaços em volta.
No primeiro acontecimento pôs-se um disco e ouviu-se uma música.(!) A música foi a primeira coisa que quisemos dar à apreciação do público que acorreu ao 1A. Esta necessidade surgiu, em primeiro lugar, pela vontade de comunicar através de diferentes plataformas artísticas. Em segundo para discutir perspectivas acerca do estado das coisas, das pessoas, e talvez perceber um pouco o que leva quem a ver o quê. As coisas que se fazem são feitas para as pessoas. Será que as pessoas se preocupam em compreender o porquê da existência de tais coisas? Bem, o que define o 1A parte de uma ideia de discoteca (club e local para se ouvir e/ou comprar discos) /cinema, cinema pela disposição de público, ter lugar numa sala de espectáculos, etc. Quis-se atribuir um lugar à música, um lugar ao qual ela já não está muito habituada. Onde não existem nem pessoas nem luzes às cores. Onde o que conta são apenas as qualidades dos meios com que é reproduzida. É uma vontade da pureza cristalina que entorpece só por existir. Não há a necessidade aplaudir mas antes a de compreender. Podemos alargar este raio às outras coisas que sufocam por querer abraçar os movimentos que estão (por agora, e ainda bem) condenados ao estatuto de subversivos e por isso marginais. Mas são estes movimentos que tentam resgatar para a arte a sua identidade. A necessidade de continuar uma procura constante para o desenvolvimento das coisas artísticas.
Essa procura leva-nos a querer compreender o que antecedeu o que anda hoje a existir. Mas nós não estamos feitos com a Verdade nem coisa que se pareça. Só queremos mostrar um pouco do que se passa por essas estradas fora e tentar compreender um pouco melhor o que se pode fazer para que a universalidade da linguagem artística alargue o seu léxico.
A Cartuxo quer experiências, mais ou menos inconsequentes, o propósito é que ,com matéria instável, se conjuguem as intervenções. Quer dar espaço à discussão e promover a arte que se questiona, e porque não, que se anula.
Estamos à experiência e em risco de fechar, mas nada pode deter aquilo que procuramos!
Cumprimentos só.ni.cos
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